quinta-feira, 14 de abril de 2011

Manifestação de quarta-feira, dia 13/04

Ontem, por volta das 16:50, nós, estudantes de Medicina da UFT, nos dirigimos à Secretaria de Educação para argumentar com o Conselho que colocaria em votação a pauta sobre a instalação da Faculdade ITPAC - Palmas. Essa reunião estava prevista para o dia de hoje, 14/04, às 17:00, mas, sabendo da mobilização dos acadêmicos, os conselheiros trataram de antecipar a reunião a fim de que não fôssemos pressionar tal decisão.

Logo que chegamos à secretaria, alguns de nossos representantes tentaram estabeler uma conversa amigável com os secretariados. Tal conversa ultrapassou uma hora e, por fim, só algumas pessoas puderam adentrar ao plenário. Não durou muito para sermos informados que, enquanto conversávamos com as pessoas que barravam a nossa entrada, o Conselho se apressou em votar a favor da implantação da ITPAC na cidade de Palmas. Consequentemente, quando os nossos representantes adentraram o plenário não havia mais o que se discutir. Fomos excluídos do processo de decisão, sem o Conselho ao menos ouvir a nossa opinião a respeito de tal fato.

Apesar disso tudo, permanecemos no local e acabamos encontrando dois dos Conselheiros que votaram a favor de tal decisão. Os dois foram vaiados e tentamos nesse pouco tempo mostrar alguns de nossos posicionamentos contrários a tal medida.

Vejam alguns vídeos que mostram essas cenas:

 

 

 Os outros conselheiros, sabendo que estávamos no local, saíram da secretaria pelas portas laterais.

Um outro vídeo - que será postado o mais breve possível - mostra as desculpas absurdas que um membro específico do Conselho nos deu para pararmos a nossa movimentação:

- Fomos chamados de imaturos, porque, segundo ele, estamos excluindo a sociedade do acesso ao curso de medicina. Ora, e por acaso que camada da sociedade vai ter esse acesso? Garantimos que nenhuma pessoa com pouco poder aquisitivo poderá arcar com a mensalidade superior a R$ 3500,00 ao mês, que é o que custa o curso de Medicina numa instituição privada! E outra: a inclusão é feita a partir de universidades públicas, e não particulares!

- Se ele realmente frequentasse as instituições de saúde públicas,como ele afirma categoricamente nesse diálogo, veria o quanto é necessário consolidar e investir em suas infra-estruturas, e não encher mais e mais os hospitais de estudantes que, querendo ou não, tornam inviável a prática de assistência à saúde quando se tem mais de 10 alunos atendendo a um mesmo paciente!

Ao contrário do que podem pensar a população e o próprio Conselho, continuaremos a lutar por essa causa!

Diga NÃO à MERCANTILIZAÇÃO DA SAÚDE!

Atenciosamente,
Acadêmica de Medicina da UFT.

2 comentários:

  1. É UM ABSURDO O MODO COMO OS "NOSSOS REPRESENTANTES" NOS TRATARAM! QUE TIPO DE INCLUSAO É ESSA QUE FAVORECE AS PESSOAS MAIS INCLUIDAS DA SOCIEDADE??!MUITOS DE NÓS DA UNIVERSIDADE PUBLICA DEDICOU ANOS ESTUDANDO POIS NAO TEMOS CONDIÇOES DE PAGAR MAIS DE 3 MIL REAIS APENAS COM A MENSALIDADE DE UM CURSO DE MEDICINA EM UMA INSTITUIÇAO PARTICULAR. INCLUSIVE AS VAGAS QUE SERAO DOADAS A COMUNIDADE MAIS CARENTE NADA MAIS SAO DO QUE MEDIDAS POPULISTAS DE UM GOVERNO QUE MASCARA SUAS ARTIMANHAS COM A POLITICA DO PAO E CIRCO.HÁ 40 VAGAS PARA MEDICINA GRATUITAS DISPONIVEIS TODO SEMESTRE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS!ORA, SE POR ACASO ELES QUEREM INCLUIR A MAIORIA QUE NAO TEM CAPITAL PRA PAGAR UMA PARTICULAR, OFEREÇAM UM ENSINO PUBLICO DE QUALIDADE E DEIXEM DE ADOTAR MEDIDAS PALIATIVAS COMO SOLUÇAO.
    É TRISTE CONSTATAR QUE AO INVES DE UNIMOS FORÇAS, TEMOS QUE NOS OPOR AOS GOVERNANTES.OS MAIORES INTERESSADOS NESSAS DISCUSSOES SEQUER TIVERAM DIREITO DE OPINAR, EM UMA CLARA DEMOSTRAÇAO DO QUAO ARDILOSOS ELES SAO. OS GOVERNANTES, QUE SE POSTAM TAO DEFENSORES DA DEMOCRACIA, MAIS UMA VEZ MOSTRARAM O QUANTO SAO HABILIDOSOS PARA LUDIBRIAR O POVO, DANDO-NOS UMA VERDADEIRA AULA DE HIPOCRISIA.

    ResponderExcluir